A Binance passou a mostrar aos clientes brasileiros nos últimos dias uma nova mensagem, em que faz um alerta sobre a proibição feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da oferta de derivativos no Brasil.
No entanto, a mensagem deixa claro que basta o consumidor indicar que está fora do país para operar com este tipo de produto, independente de como foi o processo de KYC (“Know Your Customer”, expressão em inglês para “conheça seu cliente”).
A mensagem da corretora é: “A Binance, em atendimento à Lei 6.385/1976 e aos entendimentos dos órgãos reguladores, informa que não pode e não oferece serviços de derivativos a residentes no Brasil. Ao prosseguir para uma das plataformas da Binance de outro país você está declarando não ser residente no Brasil e/ou ter plena ciência de que os produtos de derivativos eventualmente ofertados em outros países podem não ser considerados legais em sua jurisdição”.
Em maio, a a CVM disse em esclarecimento solicitado pelo Senado Federal que a exchange havia encerrado a opção de operação com derivativos para brasileiros. Porém, reportagem do Portal do Bitcoin mostrou que a prática continuava possível apenas com mudança de língua de português do Brasil para português de Portugal.
Além disso, o próprio chat de suporte ao cliente orientava como o brasileiro deveria mexer nas configurações da plataforma para burlar a probição da CVM.
Procurada, a Binance enviou um comunicado onde afirma que “é totalmente comprometida com compliance e que não oferece derivativos localmente”. Segundo a exchange, ela “implementou limitações em seu site após solicitação da CVM, como resultado do Ato Declaratório 17.961/20, o que reforça o posicionamento da empresa de colaborar com reguladores no mundo todo, e que possui um trabalho constante de criação e aprimoramento de ferramentas e processos, o que inclui a comunicação com os usuários”.
A Binance diz ainda acreditar que “a regulação é o único caminho para que a indústria cripto possa se desenvolver e atingir o grande público”.